Etnia Parakaña
Os Parakanã são habitantes tradicionais do interflúvio Pacajá-Tocantins. Falam uma língua tupi-guarani pertencente ao mesmo subconjunto do Tapirapé, Avá (Canoeiro), Asurini e Suruí do Tocantins, Guajajara e Tembé. São tipicamente índios de terra firme, não canoeiros, e exímios caçadores de mamíferos terrestres. Praticam uma horticultura de coivara pouco diversificada, tendo como cultivar básico a mandioca amarga. Dividem-se em dois grandes blocos populacionais, Oriental e Ocidental, que se originaram de uma cisão ocorrida em finais do século XIX. Os orientais foram reduzidos à administração estatal em 1971, durante a construção da Transamazônica; os grupos ocidentais foram contatados em diversos episódios e localidades entre 1976 e 1984.
Identificação e localização
Os Parakanã Orientais e Ocidentais somavam aproximadamente 900 indivíduos em 2004. Vivem em duas áreas indígenas diferentes, divisão que não corresponde a dos blocos oriental e ocidental. A primeira área, denominada Terra Indígena (TI) Parakanã, localiza-se na bacia do Tocantins, municípios de Repartimento, Jacundá e Itupiranga, no Pará. Com uma extensão de 351 mil hectares, encontra-se demarcada e com sua situação jurídica regularizada. Desde 1980, recebe a assistência do "Programa Parakanã", fruto de um convênio entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Eletronorte. Sua população era de cerca de 600 pessoas (2004), distribuída em cinco aldeamentos diferentes, dos quais três pertencem aos Parakanã Orientais (Paranatinga, Paranowa'ona e Ita'yngo'a) e dois aos Ocidentais (Maroxewara e Inaxy'anga). Nessa TI, os Orientais são numericamente dominantes, representando cerca de dois terços da população.
A segunda área, denominada TI Apyterewa, localiza-se na bacia do Xingu, nos municípios de Altamira e São Félix do Xingu, também no Pará. Com 981 mil hectares, foi declarada de posse permanente dos Parakanã em 1992, porém a portaria do Ministério da Justiça que a garantia fora revogada, e a terra identificada pela Funai reduzida, de seu tamanho original, para 773 mil hectares. Uma nova portaria do Ministério da Justiça foi assinada em 21/09/2004. Mas a área encontra-se, hoje, bastante invadida por madeireiros, fazendeiros, colonos e garimpeiros. Assistida pela Administração Regional de Altamira (Funai), contava em fins de 2003 com uma população de 314 pessoas, segundo a Funasa, vivendo em duas aldeias (Apyterewa e Xingu). Todos os seus habitantes são oriundos do bloco ocidental e foram contatados entre 1983 e 1984.
O termo 'parakanã' não corresponde a uma autodenominação. Os Parakanã se dizem awaeté, 'gente (humanos) de verdade', em oposição a akwawa, categoria genérica para estrangeiros. Segundo Nimuendaju (1948a), o termo pelo qual são conhecidos entrou no léxico indigenista no início do século XX por meio dos Arara-Pariri, grupo de língua karib que teria sido obrigado a abandonar seu território no alto rio Iriuaná, afluente de margem esquerda do rio Pacajá, em virtude de repetidos ataques de um grupo a quem denominava por esse termo. Parakanã, desde então, passou a designar uma "tribo desconhecida de índios selvagens" habitando as cabeceiras dos afluentes da margem esquerda do Tocantins. Outras denominações, entretanto, são reconhecidas e atribuídas aos Parakanã. Os Xikrin do Bacajá os nomeiam de Akokakore, enquanto os Araweté os identificam como Auim, ou seja: inimigo, e ainda Iriwä pepa yã (senhores das penas de urubu), ou, mais pejorativo, Iriwa ã (comedores de penas de urubu).
Teriam sido avistados pela primeira vez em 1910 no rio Pacajá, acima da cidade de Portel, e identificados como os índios que, na década de 1920, surgiam entre a cidade de Alcobaça e o baixo curso do rio Pucuruí para saquear colonos e trabalhadores da Estrada de Ferro do Tocantins. Foi no início do século XX, portanto, que começaram a aparecer as primeiras informações sobre índios que viriam a ser conhecidos como Parakanã; designação que, então, incluía os Asurini, grupo de mesma língua que também pilhava moradores na região. A partir da década de 1970, os Ocidentais ultrapassaram o limite oeste desse território, vindo a habitar a região das cabeceiras do rio Bacajá e Bom Jardim, afluentes do médio curso do rio Xingu.
A cisão: ocidentais e orientais
Um conflito em torno da posse de uma das mulheres raptadas levou os Parakanã a dividirem-se em dois grandes ramos. O conflito eclodiu nos anos 1890, durante uma expedição para procurar inimigos na margem esquerda do rio Pucuruí, deixando um saldo de dois mortos. Após esse evento, formaram-se dois blocos distintos: os Orientais assentaram-se no alto curso dos rios Pucuruí, Bacuri e rio da Direita; enquanto os Ocidentais rumaram para noroeste, estabelecendo-se, provavelmente, entre os rios Jacaré e Pacajazinho-Arataú (formadores de margem direita do Pacajá). Não é fácil determinar a localização precisa destes últimos, pois, ao contrário dos primeiros, nenhuma de suas aldeias atuais se situa no território que ocuparam entre o final do século XIX e os anos 1960. Logo após o conflito, os Ocidentais voltaram a buscar contato com seus parentes, primeiro pacificamente, mas depois matando mais um homem adulto nas proximidades da aldeia. A cisão tornou-se, então, irreversível.
Os Ocidentais expandiram os períodos de suas andanças pelo interior da floresta, abandonaram progressivamente a horticultura, intensificaram a atividade guerreira e os contatos com a população regional. Já os Orientais, que se mantiveram coesos até o contato definitivo em 1971, adotaram um padrão mais sedentário, mais retraído em relação ao exterior, com uma postura mais defensiva do que ofensiva, e um certo grau de centralização política.
Os dois blocos diferenciavam-se não apenas nas estratégias de subsistência, mas também nos mecanismos sociológicos de produção e reprodução do grupo: de um lado os Ocidentais com abertura para guerra, descentralização política, morfologia social não diferenciada, poligamia generalizada; de outro os Orientais com isolamento, centralização, morfologia dualista, poligamia restrita. Enquanto os Ocidentais ampliavam sua zona de atuação, desferindo seguidos ataques contra novos inimigos, raptando várias mulheres e tomando bens, os Orientais isolavam-se e defendiam-se das intrusões em seu território.
Organização social
Os Parakanã Orientais dividem-se em três patrigrupos exogâmicos (ou seja, grupos de filiação paterna que não casam entre si): Apyterewa, Wyrapina e Tapi'pya. Toda pessoa desse bloco pertence à algum desses patrigrupos. Qualquer pessoa, se perguntada 'qual sua marca, tipo, classe' (ma'é-kwera pa ene) responde, sem pestanejar, a qual desses grupos pertence.
Durante meu período de campo, a liderança política também se estruturava de acordo com a segmentação. A chefia cabia a dois homens, cada qual de uma metade. O arranjo então vigente permitia manter certo equilíbrio e complementariedade no exercício do poder, embora não houvesse simetria perfeita, já que Arakytá (metade Tapi'pya) possuía maior prestígio e autoridade de que seu genro Ywyrapytá (metade Apyterewa). Não há, no entanto, um componente categórico que determine a estrutura da chefia, tampouco se define um sistema necessariamente dual de chefia. Essa condição resulta antes de qualidades pessoais e circunstâncias históricas particulares, que podem ou não estar em consonância com o dualismo. Os Orientais reconhecem explicitamente que uma das metades tem origem externa, enquanto outra representa a continuidade dos verdadeiros awaeté. Como me disse um dia Arakytá: 'nós [os Tapi'pya] somos inimigos (akwawa)'. Essa declaração algo irônica, porém, não funda um simbolismo em que uma das patrimetades está associada ao exterior e outra ao interior.
Os patrigrupos expressam-se, ainda, na disposição das casas na aldeia e na composição dos 'Grupos de Produção'. A maioria das residências era habitada por uma família nuclear, mas algumas delas reuniam dois ou mais casais. Nesses casos, a composição mais comum era a de um pai com seu(s) filho(s) casado(s), mas havia outros arranjos possíveis: germanos, primos paralelos patrilaterais e genro-sogro.
Esse padrão contrasta com o das aldeias ocidentais pós-contato. Estas se organizam, ao mesmo tempo, em função de uma lógica virilocal e patrilinear (agregados residenciais formados por irmãos de sexo masculino e primos paralelos patrilaterais), e outra que enfatiza os laços de afinidade repetida (agregados residenciais compostos por grupos de germanos que trocaram irmãs).
Um xamanismo sem xamãs
Falar de xamanismo entre os Parakanã implica, antes de tudo, compreender que, a rigor, não há xamãs entre eles. Não há especialistas que desempenhem a função pública dos pajés, nem pessoas a quem se atribua um poder de cura estável e definitivo.
Em quase todos os grupos amazônicos, encontramos duas grandes categorias básicas de doença: há enfermidades causadas pela introdução de um objeto patogênico no corpo, e doenças que resultam da exteriorização, perda, rapto de um componente imaterial, normalmente concebido como um princípio vital. No primeiro caso, a terapia consiste em retirar o objeto estranho do corpo do paciente; no segundo, em recuperar a 'alma' e fixá-la novamente em seu substrato material.
Entre os Parakanã, existe uma terceira categoria de doença, determinada pela noção de contágio, que incluem as doenças adquiridas após o contato com não-índios. Há, finalmente, uma quarta categoria que é a das moléstias que resultam do desguardo, do descumprimento de algum tabu ligado a uma transição crítica na vida da pessoa.
A categoria de doença que recebe maior atenção e preocupação são a das enfermidades produzidas pela introdução de um objeto estranho no corpo do doente, e que se considera resultar, inevitavelmente, da ação de um feiticeiro, um moropyteara. Os objetos patogênicos recebem duas denominações: karowara e topiwara. O primeiro é uma categoria de espíritos com características canibais, ligados à produção da doença e associados amiúde ao anhanga, ser antropofágico das cosmologias tupi. O segundo remete aos espíritos-auxiliares dos xamãs, associados freqüentemente aos animais.
Entre os Parakanã, topiwara e karowara não são propriamente espíritos, como em outros grupos tupi, mas agentes patogênicos controlados por feiticeiros. Por isso, ninguém admite publicamente tê-los visto em seus sonhos: aqueles que vêem karowara são considerados fortes candidatos à feitiçaria, pois se o vêem, os controlam, se os controlam, os utilizam.
O aprendizado da prática de feitiçaria se faz em sonho. A noção mais comum é que se trata de uma experiência onírica com o 'senhor dos karowara' (karowarijara) ou com o 'arrancador de karowara (karowamaapara), que transmite ao sonhador os agentes patogênicos. A transmissão se dá pelo sugamento destes do corpo da entidade. Os Parakanã parecem não ter uma representação precisa dessa entidade, associando-a ora à capivara, ora ao morcego, ora a um ser antropomorfo caracterizado por sua magreza. De qualquer forma, a aquisição do poder se dá pelo aprendizado da sucção (-pyten) que é considerada um tragamento de sangue: aqueles que pegam karowara em sonho têm, como o matador, o gosto-odor de sangue na boca.
Em sonho, aprende-se também a preparar venenos extremamente potentes, que devem ser ingeridos pela vítima ou passados em sua boca. Esses venenos estão igualmente associados ao sangue: um deles é produzido com a placenta de um recém-nascido; outro, com o leite da castanheira, que, dizem, 'é igual a sangue'. Eles provocam diarréia intensa, com sangramento, seguida de rápida morte. Quem sabe confeccionar karowara pode também colocá-lo no cigarro e oferecê-lo à vítima, que o ingurgita ao tragar a fumaça. Sua boca será devorada pelo agente patogênico, que poderá se apresentar na forma de lagartas brancas conhecidas como tahaga.
Todo mundo que sonha tem um pouco de -pajé e alguma ciência para curar. Não se é, porém, jamais xamã, pois este lugar não pode ser ocupado senão provisoriamente; ninguém se arrisca a sê-lo, nem a dizê-lo. Melhor manter-se entre iguais, não se atribuir poderes, para não ser alvo de acusações.
Nos sonhos se obtém cantos, a principal dádiva dos inimigos oníricos. São eles que garantem a legitimidade do sonho e sua produtividade social: sonhar é equivalente a obter cantos. Se alguém afirma ter sonhado mas não é capaz de reproduzir as músicas que ouviu, não sonhou, está mentindo.
Rituais
Chamo genericamente de 'festas' as atividades que se diferenciam daquelas da vida cotidiana por envolverem maior coordenação das ações, por exigirem o desempenho de funções e rotinas pré-determinadas, por mobilizarem de modo mais amplo a coletividade e por associarem, de modos específicos, música e dança.
Há inúmeras ocasiões em que música e dança estão associadas. Três delas, no entanto, distinguem-se das demais por sua maior elaboração, preparação e duração. São elas: a 'festa das tabocas' (takwara-rero'awa), a 'festa do cigarro' (opetymo) e a 'festa do bastão rítmico' (waratoa). Poder-se-ia acrescentar ainda a 'cauinagem' (inata'ywawa), em que, porém, música e dança parecem ter menor relevância. A essas quatro modalidades acrescentam-se uma série de pequenas festas associadas à caça de algum animal ou à coleta coletiva de mel silvestre. Não há qualquer cerimônia ligada à agricultura e considera-se, inclusive, impróprio utilizar seus produtos na preparação das bebidas rituais: o cauim deve ser feito de amêndoa do babaçu, o mingau doce de palmito da mesma palmeira. O único cultivar usado nas festas é o tabaco, posto no interior do cigarro feito de entrecasca do tauari (petyma'ywa, 'árvore do fumo').
A festa das tabocas
Takwara-rero'awa, 'trazida de tabocas', é uma festa noturna que tematiza fundamentalmente as relações entre homens e mulheres. Sua execução leva apenas uma noite, mas os preparativos começam cerca de quinze dias antes, quando os instrumentos são confeccionados com um bambu de cor verde escura, casca áspera e gomos de tamanho médio. Nas tabocas, com tamanho variando entre 50 centímetros e um metro, introduz-se uma taquarinha e obstrui-se a passagem do ar pelo duto com um novelo de envira. A taquarinha vibra, então, como uma palheta (tecnicamente, esses instrumentos não são flautas, mas clarinetas). É mister confeccioná-las no mesmo dia em que são trazidas, pois se amanhecerem na aldeia sem terem sido tocadas, causam febre nas crianças.
Com a manufatura dos instrumentos inicia-se um período de ensaios diários, sempre à noite. Dividem-se os executores em três categorias conforme o tipo de taboca empunhada. Após alguns dias de ensaio, aqueles que dançarão na festa (os takwara-pyhykara, 'pegadores da taboca') começam a coletar e armazenar mel. Na noite que antecede o ritual, eles devem se abster de sexo, pois do contrário vomitariam o mingau doce. Pela manhã, saem para buscar palmito de babaçu e entregam os ingredientes para a mãe, irmã ou esposa. No final da manhã, estas se dirigem para o terreiro entre as casas e começam a preparar a papa de palmito, engrossada eventualmente com mandioca moqueada. Durante o cozimento, os takwara-pyhykara devem se manter afastados do local, pois não podem assistir ao processo de transformação do alimento.
No início da tarde, as mulheres pintam os dançarinos com jenipapo e, pouco antes do crepúsculo, eles se dirigem para uma área atrás das casas. Lá, completa-se a ornamentação, com a fixação de plumas brancas de urubu-rei ou gavião-real nas pernas, a colocação das jarreteiras rubras e dos chocalhos de fieiras atados ao tornozelo. Assim paramentados, fazem a entrada no terreiro onde estão as mulheres guardando as panelas de mingau. Avançando ruidosamente em direção a elas, fazendo soar as tabocas, os dançarinos tomam conta da praça e executam o primeiro ciclo completo das músicas. Interrompe-se, então, a performance para que os velhos misturem o mel ao mingau reaquecido.
Findo o alimento, recomeça a festa que dura até a aurora, com a repetição ininterrupta de vários ciclos das músicas. Durante a noite, algumas mulheres são pegas por homens da assistência, que as obrigam a entrar na roda de dança.
A execução do ritual para as estrangeiras põe em evidência um sentido geral da festa, que é a introdução das mulheres na roda para que tenham longa vida como parceiras sexuais: eis porque as meninas púberes são as mais visadas pelos homens da assistência. Não obstante, todos, de algum modo, buscam tomar parte do movimento do rito. Quando os primeiros sinais da aurora despontam no céu, mães dão seus bebês para as mulheres que foram abraçadas durante a noite dançarem com eles. O objetivo é, uma vez mais, fazer com que tenham vida longa: "para que permaneçam, diz-se" (taiteka oja). Ao mesmo tempo, incentiva-se a participação de meninos com mais de oito anos como instrumentistas: "para que cresçam, diz-se" (tojemotowi oja). É mister notar, aqui, uma distinção entre Ocidentais e Orientais, pois se para os primeiros a festa pode e é realizada da perspectiva feminina, invertendo-se simetricamente os papéis sexuais - e bastando para isso que haja uma mulher que saiba tocar a taboca-pai (saber que hoje está restrito a duas moradoras da TI Parakanã) -, para os últimos essa é uma possibilidade fora de questão.
Com a chegada iminente da manhã, acelera-se o compasso para que a última música coincida com a aurora. Os instrumentistas saem por onde entraram, dirigindo-se para a floresta. Lá, fazem soar estrepitosamente as tabocas e as lançam no meio do mato. Não se poderá mais soprá-las, pois aquele que o fizesse teria problemas na garganta. Hora de banhar-se no rio e repousar.
A festa do cigarro
Em contraste com a festa das tabocas, essa é uma festa de música vocal, dançada individualmente, predominantemente diurna, associada ao tabaco, ao canto de irmãs para irmãos, ao estabelecimento de relações -pajé entre pessoas de mesmo sexo e à predação guerreira.
A execução da 'festa do cigarro' dura de três a quatro dias e dela participam de cinco a dez pessoas. Os preparativos começam cerca de quinze dias antes, quando alguém, experiente, resolve 'se levantar' (-po'om). As razões para fazê-lo são variadas: incentivo dos jovens, fartura particular de caça, comemoração de um evento guerreiro, apaziguamento de conflitos internos. Aquele que se levanta será o dono da festa, o primeiro a dançar e o responsável por patrocinar os ensaios noturnos. Entre os Orientais, esses ensaios se realizam na tekatawa, à distância dos ouvidos das mulheres, que permanecem nas casas. Assim também parece ter sido no passado entre os Ocidentais, mas já há bastante tempo os preparativos ocorrem no terreiro entre as casas, ao alcance dos ouvidos e olhos femininos.
FONTE: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Parakana